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A Escola Suíça (1950-1980)
Com o sucesso da tipografia e do design gráfico suíço do pós-guerra gerou-se um amplo movimento, conhecido como Escola Suíça - ou Estilo Internacional - , corrente determinante da estética e do «bom gosto» dos anos 50, 60 e 70. O extensivo uso de grelhas (grid systems, Rastersysteme) como sistema de ordenação e organização do espaço foi a expressão de uma atitude que mostra que o designer concebe o seu trabalho em termos que são racionais, construtivos e orientados para o futuro. O trabalho do designer deveria possuir uma qualidade claramente inteligível, objectiva, funcional e estética, do pensamento matemático. O seu trabalho deveria ser um contributo para a cultura geral, passando a formar parte dela. O design « objectivo», comprometido com o bem comum, bem composto e refinado, constitui em teoria a base de um comportamento democrático. O trabalho feito sistematicamente e de acordo com princípios formais rigorosos estabelece exigências de rectidão, inteligibilidade e do conjunto de todos os factores que são igualmente vitais na vida sócio-politica. Trabalhar com o sistema de grelhas significa submeter-se a leis de validez universal. O uso de grelhas implica:
Adrian Frutiger, que foi, junto com os suíços Max Bill, Josef Müller-Brockmann e Emil Ruder, um dos protagonistas essenciais deste estilo, escreveu sobre a génese desta corrente: «A guerra de 1939-1945 paralisou qualquer impulso criativo na Europa. Na Suíça, um dos poucos países não afectados pelos cinco anos de guerra, o impulso seguiu o seu curso.
Vinte anos depois da Bauhaus ter cerrado as portas, os suíços viriam a ser os verdadeiros executores da neue typographie, que se obtinha utilizando exclusivamente tipos sem serifas, fotografia, composição assimétrica, contrastes de tamanhos e posições dos elementos gráficos, sempre estruturados por um Gitterraster, uma grelha auxiliar. Seguindo os lemas de Jan Tschichold, os designers suíços iriam requerer em uníssono a adesão total à neutralidade emocional do designer, que deveria resistir a todo custo à tentação da autoexpressão, para preservar o propósito funcional, evitando a subjectividade, os ruídos ornamentais e qualquer superficialidade estética... Links externosSwiss Legacy, by the initiative of Xavier Encinas, is a collaborative blog focused on typography, swiss graphic design and grid. www.swisslegacy.com BibliografiaSwiss Graphic Designers Noel Martin, Josef
Müller-Brockmann, Adolf Flückiger, Karl Gerstner, Armin Hofmann,
Gottfried Honegger, Richard P. Lohse, Hans Neuburg, Siegfried Odermatt, Emily
Ruder, Nelly Rudin, Max Schmid, Carlo Vivarelli. Página actualizada em 2014 . |
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