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Max Miedinger

Teria passado despercebido na história da tipografia se a sua Helvetica não fosse hoje intensamente utilizada pelo mundo fora.

Haas Grotesk

Miedinger nasceu e faleceu em Zurique. Fez uma aprendizagem como compositor de 1926 a 1930 e continuou a sua formação com cursos pós-laborais na Kunstgewerbe schule Zürich. De 1936 a 1946, Miedinger trabalhou como tipógrafo no Departamento de publicidade dos Armazéns Globus.

Nos dez anos que se seguiram, trabalhou no atendimento a clientes e como representante da Fundição Haas’sche Schriftgiesserei, sedeada em Münchenstein, perto de Basel.

Já com 46 anos, Miedinger recomeçou a sua vida profissional como freelancer. Estava preparado para a missão da sua vida: o desenho da fonte Helvetica. Depois de deixar de trabalhar como empregado para a Haas, Miedinger continuou ao serviço da casa como freelancer. Foi então que Eduard Hoffmann, tipógrafo e director da Haas, encomendou a Miedinger a modernização de uma sem serifa em posse da firma: a Haas Grotesk.

Foram feitos esforços para apresentar uma nova «Grotesk» na Haas’sche Schriftgiesserei a partir de 1949, data em Eduard Hoffmann, encarregou Max Miedinger de modernizar a fonte).

A primeira versão foi apresentada em 1957 ao público especializado na Feira graphic 57, realizada em Lausanne. Esta fonte, então chamada Helvetia, foi introduzida no mercado paralelamente à famosa Univers, de Adrian Frutiger.

Pouco depois, a Fundição alemã D. Stempel AG comprou os direitos da Helvetia, adicionou-lhe vários pesos e graus de condensado e rebaptizou-a com o nome de Helvetica, relançando-a em 1961.

Nessa época, já 50% do capital da D. Stempel AG se encontrava em posse da Linotype AG, representando dentro do grupo Linotype o sector de «tipos metálicos de fundição» para composição tradicional, manual (a fotocomposição tinha começado por volta do ano de 1955).

A Helvetica não teve por auxiliar de parto um conceito estrutural como aquele que Adrian Frutiger inteligentemente deu à sua Univers, quando inventou uma sistemática numérica para calibrar os pesos e graus de condensação/ expansão. Esta falta de sistemática reflectiu-se na pobre estética das variantes e tornou necessário um redesign, lançado com o nome de Neue Helvetica, em 1980.

Apesar destes entraves, a Helvetica foi a fonte de maior sucesso nos anos 60 e 70 – pelo menos, foi a fonte mais usada. Substituiu rapidamente a antiga Akzidenz Grotesk, que, no jocoso dizer de Erik Spiekermann, já mostrava «muitas rugas». A sua falta de personalidade nacional ou regional – é com todo o direito que é chamada «a fonte sem carácter» – foi por vezes compensada pelo emprego de cor, por exemplo, em posters publicitários.

De resto, a imaginação criativa dos que optaram pela Helvetica ficava reduzida a explorar as formas acentuadamente geométricas, a compor em ângulos diagonais e a tirar partido da vasta gama de pesos e cortes da letra que passou a ser a fonte universal e global da segunda metade do século XX. Alguém disse, com toda a razão: «a Helvetica tem o sex-appeal de um largo bocejo».

Miedinger

Miedinger, que trabalhara como vendedor, sabia perfeitamente o que os clientes procuravam. O seu olfacto comercial levouo a desenhar a letra conforme a procura comercial. Mas nem Hoffman nem Miedinger terão imaginado que essa tarefa os iria projectar para os primeiros planos da evolução da tipografia moderna. Miedinger desenhou a sua Neue Haas Grotesk em 1956, entregando os desenhos do protótipo tipográfico em papel milimétrico.

As bases desta letra assentavam na Berthold Akzidenz Grotesk, um tipo sem serifa lançado em 1898. De 1957 até 1961, o novo tipo foi comercializado com a sua designação original: Neue Haas Grotesk, mesmo depois da empresa alemã D. Stempel AG ter comprado os direitos de autor. Esta fundição alemã desenvolveu uma série mais completa de cortes e pesos, reintroduzindo a família, agora com o nome de Helvetica, em 1961. Em 1983, a D. Stempel / Linotype redesenhou e digitalizou a Neue Helvetica, um upgrade necessário para obter a coerência gráfica de uma font family digital.

Fontes
  • Pro Arte (1954),
  • Neue Haas Grotesk (56/57),
  • Helvetica Rounded, Horizontal (1964). Todas foram produzidas para a Fundição Haas.
Bibliografia

Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.

Página actualizada em 2014

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