Tipografia Gill
             
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Gill Sans (Eric Gill, 1928)

Gill Sans

Apresentada ao comércio em 1928 e logo apupada como representante de «typographical bolchevism», a Gill Sans acabou por ser a única grotesca que se conseguir afirmar na Inglaterra contra a forte competição que lhe vinha da Alemanha – por exemplo em forma da Akzidenz Grotesk, que era a letra favorita dos bauhausianos.

Este facto é ainda mais notável se considerarmos que Eric Gill não era nenhum vanguardista em termos estéticos, mais era um tipógrafo conservador, que desenhou várias romanas serifadas de inspiração renascentista.

A Gill Sans foi a única fonte sem serifa que Eric Gill desenhou — e portanto pode ser considerada mesmo uma excepção na sua obra tipográfica.

Gill Sans

A Gill Sans nasceu sob a influência do mestre Edward Johnston, que tinha desenhado a muito parecida London Transport. Gill admitiu a forte influência de Johnston, mas argumentou que a sua letra representava um melhoramento – na lógica dos meios de produção modernos.

Depois de alguns protótipos desenhados para a tabuleta da loja de um amigo de Gill, a primeira aplicação da Gill Sans aperfeiçoada foi na London & North Eastern Railway. Encomendada pela LNER, a Gill Sans foi usada para toda a sinalética, displays, horários e publicidade.

Em todos estes ambientes «funciona» bem, afirmando-se como uma fonte genuinamente universalista. Uma fonte que combina a destreza do gravador de letras lapidares com a fineza do desenho de letras caligráficas.

A brutal Gill Extra Bold, que o próprio Gill autocriticamente chamou Double Elephants, foi comentada no seu Essay on Typography:

«There are now as many different varieties of letters as there are different kinds of fools. I myself am responsible for designing five different sorts of sans-serif letters – each one thicker and fatter than the last because every advertisement has to try to shout down its neighbours». (A retórica de Gill é tão famosa como as suas letras).
BBC

O uso da Gill Sans generalizou-se para todas as aplicações; como tem sido objecto de intenso revivalismo, não só a vemos em displays, anúncios e títulos, como também a encontramos com alguma frequência em textos corridos.

Hoje, a Gill Sans «is still going strong», sendo especialmente bem apreciada no Reino Unido, usada pela BBC, por inúmeras outras instituições e por muitas empresas comerciais.

Gill Sans
Syntax Sans

Num recente posting, Ben Archer discutiu o que seriam as

«Gill Sans Alternatives»

E sugeiru as seguintes altenativas:

Gill Sans by Eric Gill for Monotype (1932) The OpenType Pro version released in 2005 offers multilingual and cross-platform support, but no additional Western glyphs besides an alternate numeral ‘1’.

Granby by Stephenson Blake (metal in 1930) Stephenson Blake’s competitor to Gill Sans is actually closer to Johnston. As Archer informs, this is probably because they cut the wooden masters for the original Underground lettering. Granby is probably the most underused of the alternatives.

Bliss by Jeremy Tankard (1996) Probably the most complete and usable of these alternatives, Bliss improves on nearly every failing in Johnston and Gill Sans. It’s also a great replacement for Frutiger and Syntax. “Forms were chosen for their simplicity, legibility, and ‘Englishness’”. See also Tankard’s Wayfarer, inspired by Granby.

Foundry Sterling by David Quay and Freda Sack for The Foundry. Released a few years after Bliss, Sterling seemed like a bit of a bandwagon jumper, but it has its own merits.

Agenda by Greg Thompson for Font Bureau (1993–2000) The first Gill Sans follower with digital origins, Agenda is highly regularized for text settings with expanded weights and widths, but maintains some Johnston idiosyncrasy like the diamond dots.

P22 London Underground by Rich Kegler for P22 (1997) A direct digitization of the original Johnston letters.

ITC Johnston by David Farey for ITC (1999–2002) Farey’s font family does the best job of all the interpretations in adapting Johnston’s alphabet for modern use. [MyFonts] [FontShop] English Grotesque (1998) by Rian Hughes for Device. An exaggerated interpretation by the British comic book artist and letterer. [MyFonts] [Veer] [FontShop]

Tschichold by Jan Tschichold, Thierry Puyfoulhoux (1933, 2001) It’s not widely known that Jan Tschichold, famous for Sabon, first drew a face heavily inspired by Gill Sans. An interesting and underused revival by Puyfoulhoux

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