Cultura Visigótica
Uma introdução à cultura vigente
em Portugal e Espanha entre 400 e 1.100 n.E.
Por Birgit Wegemann e Paulo Heitlinger
Sobre
esta época não existe quase nenhuma informação
impressa e acessível ao grande público.
Depois de intensivas pesquisas, realizadas ao longo de
seis anos, os autores revelam-nos os restos visivéis de uma cultura
híbrida que integrou elementos da Antiguidade Tardia, do
Paleocristianismo, dos povos germânicos (Visigodos e Suevos), da cultura
greco-bizantina, assim como elementos chamados
«moçárabes».
Desta confluência surgiu uma cultura
sui-generis que se expressou numa forma única de Escrita, em
testemunhos de Arquitectura e das Artes Aplicadas.
Conheça as Estelas de Mértola. O
Antifonário de León. Os testemunhos achados em Toledo, antiga
capital do reino visigodo. Os mais importantes monumentos da época, em
Portugal e na Espanha.
Textos, fotos e paginação de Paulo
Heitlinger. Um livro em formato digital, invulgar, reunindo vários usos:
roteiro e guia de viagem, livro de estudo, compêndio de Arqueologia,
fonte de material didáctico e informativo para professores e estudantes.
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500 fotografias/ 400 páginas. |
Temas
Os Cristianismos / Os Cultos de Cristo / As
igrejas hispânicas / Cristologia ariana / Cristologia ortodoxa / Os
cristãos de Mértola / Cristologia monofísita /
Conversão dos Suevos: Martinho de Dume / Frutuoso de Braga / Os
Beneditinos
Os Visigodos / Godos em terras hispânicas /
Iberização do reino visigodo / Toledo, capital do reino / Reis
visigodos / Isidoro de Sevilha / Direito visigodo / O Código de 654
(Liber Judiciorum) / O embate do Islão / Cultura moçárabe
/ Os Judeus
A Reconquista / Os reis das Astúrias /
Cultura material visigótica / Placas decorativas / Colunas, pilastras e
capitéis / San Pedro de la Nave, capitéis historiados
Arte visigótica / Escultura: o
Baixo-relevo / Cerâmica / Cruzes votivas / O Tesouro de Torredonjimeno
A Cultura dos Vândalos / O reino
africano
Artesanato / Preciosas fíbulas / Fivelas
ornadas, artesanato visigótico / Arqueta de San Genadio / Arqueta das
Ágatas
A Letra Visigótica / Versais orientais /
Decadência da letra romana / Os primeiros 250 anos da Versal
visigótica / Decoração / Inscrições gregas
Formas das versais visigóticas arcaicas / A
segunda letra visigótica lapidar / Lápides e
inscrições em monumentos / O corpus epigráfico de Salas /
Moedas visigóticas / A caligrafia monástica, os scriptoria /
Escrita visigótica librária / O requinte da versal
visigótica / Codex Vigilanus
Canto moçárabe / Os
Antifonários
Os Beatus hispânicos / Seu de Urgell /
Apocalipse do Lorvão / Pizarras visigodas / Vamos a números... /
A erradicação da Escrita visigótica / A
substituição do rito moçárabe
Testemunhos a Sul / Senhora da Rocha, Porches,
Algarve / Basílica paleo-cristã, Mértola / Santo Amaro,
Beja, com espólio visigótico / Torre de Palma / Badajóz /
Mérida
Santa Maria de Melque / Toledo / Recopólis / San
Vicente, Córdova / Sevilha / Tarragona / Barcelona /
Testemunhos ao Centro / Basílica de
Tróia, Setúbal / São Gião, Nazaré /
Conímbriga, Condeixa-a-Nova, São Pedro de Lourosa.
Testemunhos nas Astúrias / Oviedo / Santa
María del Naranco / San Miguel de Lillo / Oviedo / San Julián de
los Prados / Museu Arqueológico das Astúrias, Oviedo / San
Salvador de Val de Diós / Santianes de Pravia / Santa Cristina. Pola de
Lena / Santa María de Lebeña, Cantábria
Testemunhos em León / León /
Santiago de Peñalba, León / Santo Tomás de las Ollas / San
Miguel de la Escalada, Gradefes / San Juan de Baños, Baños de
Cerrato, Palencia / Capela do Ciprés / Santa Comba de Bande, Galiza
Testemunhos no Norte São Torcato,
Guimarães, / São Frutuoso de Montélios, Braga / Braga,
Museu arqueológico / Dume / São Pedro de Balsemão, Lamego
/ Quintanilla de las Viñas, Burgos
Epigrafistas / Andrés Merino / Hermann
Dessau / Theodor Mommsen / Emil Hübner / Estácio da Veiga /
José Leite de Vasconcelos
Glossário / Bibliografia / Índice / Os
autores |
Introdução
Os testemunhos da cultura visigótica em Portugal
e Espanha são muito fragmentados um mosaico confuso que inclui
alguma arquitectura, um pouco de artes decorativas, pouca escultura, bastante
epigrafia, e preciosos manuscritos iluminados.
Estes elementos são, no seu conjunto, escassos,
pouco conhecidos do grande público, mal divulgados e frequentemente mal
interpretados.
Deste modo, o leitor compreenderá que não
foi tarefa fácil ordenar estes fragmentos para tentar obter uma
visão mais consolidada do que foi a Cultura Visigótica.
Falamos de um período começado pelas
invasões bárbaras, com início em 409, e fortemente
afectado pelas invasões muçulmanas no ano de 711.
Uma cultura que teve uma continuação
chamada moçárabe (nos territórios sob o
domínio islâmico) e uma continuação alto-medieval,
nos territórios obtidos pela Reconquista.
Em termos da evolução dos sistemas de
escrita vigentes na Península Ibérica a partir da época
tardo-romana e até à implementação da monarquia
portuguesa, não existe ainda publicação que nos mostre e
interprete o corpus de inscrições e manuscritos.
Muito poucos arqueólogos e paleógrafos se
têm ocupado desta matéria. A presente documentação
propõe colmatar esta lacuna, para nos mostrar o que se passou no
domínio dos Sistemas de Escrita durante esses 600 anos.
A letra visigótica é um tipo de escrita
singular, que acompanhou a História da Península Ibérica
desde o século iv até ao século xii.
Assistiu à fundação do reino de
Portugal, mas, por motivos político-religiosos, foi substituída
pela Escrita Carolina.
Marca a transição de um padrão
estético da Antiguidade Tardia para uma caligrafia medieval. Este letra
é genuinamente peninsular, pois não existiu em qualquer outra
zona geográfica. Com ela se grafaram textos latinos, gregos e nos
idiomas/dialectos/falares que deram origem ao galego, português e
castelhano.
Para a compilação de alguns dos textos
baseei-me em obras de Katherine Fischer Drew, Peter Klein, Emil Hübner,
Claudio Torres, José Mattoso e Mário Jorge Barroca, assim como em
textos patentes em web-sites de museus e bibliotecas de reconhecida
competência e autoridade.
Paulo Heitlinger
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