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Max Bill

O mais aclamado protagonista do Swiss Style foi Max Bill (*1908, †1994). Artista plástico, escultor, arquitecto, designer gráfico e de interiores, Bill estudou na Bauhaus em Dessau, e foi mais tarde docente na hochschule für gestaltung, a Escola Superior de Design em Ulm. A sua linguagem visual é contida, por vezes, seca e árida.

Max Bill und Tomás Maldonado in Ulm, 1956

Max Bill e Tomás Maldonado em Ulm, 1956

Max Bill deixou-nos uma extensa obra, quase toda ela marcada por um purismo ascético e espartano, formas reduzidas ao essencial, contenção emocional – e excelente tecnologia suíça.

O seu trabalho foi uma tentativa constante de equilibrar o acto de criar arte livremente com o design utilitário, aplicada a fins funcionais. O seu esforço foi equilibrar as formas severas do produto industrial com as formas fluídas da «obra de arte». Bill preocupou-se pelo pensamento filosófico e pela aplicação prática.

Max Bill começou a sua longa carreira como estudante na Bauhaus de Dessau (1927-28); aí foi «contaminado» pelos ideais do Funcionalismo.

Em 1929, Bill estabeleceu-se em Zurique, onde começou uma actividade polifacetada.

Em 1930/31 surgem os seus primeiros posters, como, por exemplo, o cartaz da Exposição de Arte Rupestre Africana no Kunstgewerbemuseum Zürich. Em 1933 elabora as suas primeiras esculturas.

Artista plástico, escultor, arquitecto, designer gráfico e de interiores, Bill estudou na Bauhaus em Dessau, e foi mais tarde docente na hochschule für gestaltung, a escola superior de design em Ulm vocacionada para continuar o legado da Bauhaus.

A sua obra gráfica é caracterizada por um purismo muitas vezes platónico e estéril. No desenho gráfico e editorial, Max Bill foi um dos primeiros a aplicar o conceito de organização racional dos espaços com o auxílio de uma grelha.

Em 1938, Max Bill arquitecto, associa-se ao CIAM (Congrès International d’Architecture Moderne, associação de arquitectos impulsionada por Le Corbusier).

A partir de 1944, começa a fazer design industrial. No ano lectivo 1944-1945 lecciona a disciplina «Formlehre» na já famosa Kunstgewerbeschule Zürich.

Em 1947, Bill fundou o seu institut für progressive cultur. Em 1951, junto com Otl Aicher , foi co-fundador da hochschule für gestaltung em Ulm, Alemanha, escola que tentou retomar e continuar o legado da Bauhaus depois da Segunda Guerra Mundial.

A partir de 1952, foi reitor e director do Departamento Architektur und Produktform da hfg.

Max Bill escreveu numerosos artigos e ensaios; foi distinguido com numerosos prémios e honras internacionais.

Bank
Ulmer Hocker — O banquinho de Ulm

Em 1938, Max Bill (arquitecto), associou-se ao CIAM (Congrès International d’Architecture Moderne, associação de arquitectos impulsionada por Le Corbusier). A partir de 1944, começou a fazer design industrial.

No ano lectivo 1944-1945 leccionou a disciplina «Formlehre»: na já famosa Kunstgewerbeschule Zürich. Em 1947, Bill fundou o seu institut für progressive cultur.

Em 1951, junto com Otl Aicher, foi co-fundador da hochschule für gestaltung em Ulm, Alemanha, escola que tentou retomar e continuar o legado da Bauhaus depois da Segunda Guerra Mundial.

A partir de 1952, foi reitor e director do Departamento Architektur und Produktform da hfg.

Max Bill escreveu numerosos artigos e ensaios; foi distinguido com numerosos prémios e honras internacionais.

1949 1955
1956 1960
1968

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da autoria de Max Bill

   

Max Bill e o Brasil

Bill teve uma actuação especial na área de educação do design; como professor na Escola de Ulm influenciou fortemente o perfil assumido pela ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial) no Brasil.

No seu percuroso artístico foi um seguidor dos princípios estilísticos da Bauhaus. Em 1929 mudou-se para Zurique e se tornou uma das figuras principais da Escola Suíça de Design Gráfico. Além disso abraçou o conceito universalista de Arte Concreta de Theo van Doesburg.

Max Bill optava por um design tipográfico determinado pelo uso de grelhas, e acreditava na relação entre o design e a precisão matemática. A sua arquitectura era anti-historicista e sua teoria e trabalho seguiam uma estética baseada no Funcionalismo, mas numa vertente árida, despojada de qualquer sensualidade.

Criou, entre 1935 e 1953, no campo da escultura, diferentes variações sobre o tema do laço infinito em metal polido.

Bill foi uma pessoa que sempre teve uma salutar relação polémica com a trajectória da Arquitectura no Brasil. Se por um lado as suas idéias foram bastante influentes na formação da escola artística conhecida como o Concretismo (em especial, o concretismo paulista) e na própria formação do Design gráfico no país (tendo em Alexandre Wollner um de seus mais conhecidos discípulos e um de seus mais fortes defensores), por outro lado, Max Bill foi sempre bastante crítico à Arquitectura moderna brasileira, a qual ele dizia ser formalista e, eventualmente, "anti-moderna".

Entre as poucas obras arquitectónicas brasileiras celebradas por Bill está o Conjunto Habitacional Pedregulho, o qual ele considerava uma excepção no cenário brasileiro, pelo seu enfoque social.

Página actualizada em 2.2013

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