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Os tipos neo-classicistas de DidotDe 1783 a 1784, a Fundição Didot produziu a primeira romana neo-classicista e usou-a para imprimir a obra Gerusalemme Liberata de Tasso. Já não era a letra que usara François Didot (avô de Firmin) para vários trabalhos de encomenda, mas uma romana nova, fácil de ler, apesar de levar traços e remates muito finos, contrastando com hastes grossas e apesar da sua pronunciada modulação vertical.
Firmin Didot gravou vários corpos e um corte cursivo deste tipo quando contava apenas 19 anos de idade. O óptimo resultado que se obteve deste novo tipo deve-se também ao novo papel que inventara John Baskerville em Inglaterra em 1757. Este papier vélin proporcionava uma melhor superfície de impressão e era isso que precisavam os tipos de Didot, caracterizados por remates e terminais ultra-finos detalhes distintivos das romanas neo-classicistas francesas e italianas. O novo tipo foi utilizado para imprimir outras obras; destacam-se uma Bíblia em latim em 1785 e os Discours de Bossuet em 1786. Nos anos seguintes, Firmin Didot forçou ainda mais os contrastes do seu tipo e decidiu gravar pela primeira e última vez na história da tipografia um jogo de tipos com incrementos de apenas meio ponto (10,0 / 10,5 / 11,0 pontos, etc). O tipo «moderno» de Firmin Didot converteu-se nos seguintes anos no tipo francês por excelência, padrão nacional para as publicações francesas. Firmin Didot passou a ser a suma autoridade tipográfica em França, e em consequência desta notoriedade Napoleão Bonaparte nomeou-o Director da Fundição Imperial, título que ostentaria até à sua morte, em 1836.
Revivalismos
BibliografiaDidot, Pierre. Épître sur les progrès de limprimerie, par Didot fils aîné. Paris: 1784. Fac-símile e tradução em: George, A. J. The Didot family. 1961. Jammes, André. Les Didot: trois siècles de typographie et de bibliophilie, 1698 1998. Paris, 1998. Catálogo da exposição na Bibliothèque historique de la Ville de Paris e no Musée de lImprimerie, Lyon, 1998. George, Albert J. The Didot family and the progress of printing: a brief review of the development and accomplishments of the house of Didot, with [...] translation of Épître sur les progrès de limprimerie, [...] by Pierre Didot. Syracuse (New York), 1961. Integra um fac-símile do texto do Épître sur les progrés de limprimerie de 1784. Heller, Stephen. |
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