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Fred Kradolfer (Zurique, 1903 - Lisboa, 1968)

Chegado a Portugal em 1928, este suíço foi o mentor das artes da decoração e da publicidade para a segunda geração de artistas modernistas.

Artista multifacetado, impulsionou o desenvolvimento das artes gráficas em Portugal, tendo usado a sua criatividade em diversos meios, do cartaz ao vitral, da cerâmica aos anúncios luminosos. Fred K. foi o gráfico que revolucionou o cartaz em Portugal na década de 50.

Completou o curso de Ourivesaria na Escola de Artes e Ofícios, em Zurique. Chegou a Portugal em 1927, após ter vivido na Bélgica e em Paris. Em Portugal, pertenceu ao grupo artístico promovido por António Ferro.

Fred Kradolfer tornou-se o principal promotor na nova linguagem visual das «artes gráficas»; foi a mais importante referência para os (poucos) profissionais que tarbalhavam nas Artes Visuais.

Kradolfer era o úncico profissional que tinha obtido uma formação académica, pois tinha feito um curso na Suíça. Irradiou entusiasmo e guiou um grupo de artistas que incluía Jorge Barradas, Stuart de Carvalhais, Bernardo Marques, Emmérico Nunes, Roberto Nobre, Amarelhe, António Soares, Carlos Botelho, José Rocha, Thomas de Mello, Paulo Ferreira e Maria Keil.

Trabalhou como decorador na Exposição Colonial (1931) e na Exposição Internacional (1937), ambas em Paris, na Exposição Internacional de Nova Iorque (1939) e na Exposição do Mundo Português (1940).

O seu trabalho foi desenvolvido juntamente com artistas consagrados (Bernardo Marques, Carlos Botelho, Emmerico Nunes, José Rocha, Paulo Ferreira e Thomaz de Mello), grupo conhecido como a "equipa de António Ferro" ou a "equipa do SPN (Secretariado de Propaganda Nacional).

Poster de FK para o Pavilhão português da Exposição Internacional de Paris, de 1937.

FK representou elementos do folclore, estilizados, em objectos de uso quotidiano (bilha, pote, espiga, flores, etc.) e da vida campestre (porcos, touros, cavalos, burros, etc.), típicos na altura, introduzindo uma certa modernidade no posicionamento das figuras.

Em lambrilhas, pelo seu carácter funcional e decorativo, experimentou a combinação de motivos e elementos ornamentais.

Exposição Internacional de Paris, 1937

A decoração do Pavilhão Português apresentado na Exposição Internacional de Paris, de 1937, foi uma das mais notáveis realizações plásticas da década, internacionalmente reconhecida, e esteve a cargo de uma equipa constituída por Fred Kradolfer, que a liderou, e pelos pintores Bernardo Marques, José Rocha, Carlos Botelho, Tom, Emmerico Nunes e Paulo Ferreira.

Em 1944 participou, juntamente com Bernardo Marques, Carlos Botelho, José Rocha e José Luís Brandão, na decoração dos stands da Feira Popular pertencentes à Junta Nacional do Vinho, ao Instituto Português de Conservas de Peixe e à Junta Nacional da Cortiça.

Espinho, selo de Fred Kradolfer

Relacionado com estes serviços, Kradolfer executou um grande número de rótulos e cartazes publicitários. Esteve bastante ligado à fundação do Estúdio Técnico de Publicidade, onde demonstrou toda a sua criatividade, chegando a decorar montras, bastante solicitadas e admiradas.

Não possuindo os conhecimentos necessários para o domínio das técnicas e processos de fabrico em azulejaria e cerâmica, efectuava projectos que depois eram executados na Fábrica Viúva Lamego. Aliás, foi muito curta a sua passagem pela cerâmica, nomeadamente com as lambrilhas utilizadas nas exposições em que participou com o "grupo do SPN", actividade só retomada em 1955-57 através da encomenda de dois painéis para o Hotel Infante Santo.

Em 1957, encomendaram-lhe diversas placas cerâmicas com os nomes dos pesqueiros da zona da Boca do Inferno, em Cascais, destruídos mais tarde.

Nesse ano, recebeu também uma encomenda para o revestimento parietal da sede da Soponata, na Rua do Açúcar, em Lisboa (efectuou, igualmente, toda a decoração interior deste edifício, dotando-a de grande dinamismo).

Utilizando uma estética diferente, realizou o revestimento parietal da capela do Aquartelamento de Santa Margarida, tendo concebido os azulejos do baptistério, do arco do triunfo e das paredes laterais da capela. Executou, igualmente, os vitrais e a tábua do altar que representa Santa Margarida.

No Casino Estoril decorou o fundo do espelho de água interior do Jardim de Inverno (1966), com azulejos de várias cores (mais tarde destruído). Para o Hotel Estoril-Sol executou cinco painéis cerâmicos.

Em 1965, realizou azulejos para o Cinema Europa e para a fachada do edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa. O Museu Nacional do Azulejo possui algumas das suas peças cerâmicas. FK também terá trabalhado na Fábrica Lusitânia nos anos 30, efectuando anúncios em azulejo.

Um trabalho de Fred Kradolfer: 1962 - Os selos "Europa". Desenho apresentando um favo de mel (produto do esforço individual da abelha na união do enxame), cujos 19 alvéolos simbolizam os 19 países membros da CEPT. Circularam de 17 de Setembro de 1962 a 30 de Junho de 1964.
Links

Uma série importante de fotografias de Fred Kradolfer: www.fundacao-mario-soares.pt

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