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As letras dos Gregos, 1

Continuação: As letras dos Gregos, 2

Os Gregos importaram o alfabeto fenício, ao qual adicionaram as suas vogais. A versão usada em Atenas, o chamado alfabeto jónico, foi o padrão de referência para a Grécia clássica.

O alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios.

Dado que o alfabeto semítico não tinha glifos para as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais.

Este facto fundamental e tornou possível a transcrição fonética das línguas europeias.

Letras gregas
Letras gregas
Letras gregas
Letras gregas
Lei da cidade de Gortys

Lei da cidade de Gortys

O Bustrofédon (Bustrophedon ou Boustrophedon) é um sistema de escrita, patente em inscrições da Antiguidade, onde a direcção da escrita alternava em cada linha. O nome deriva da palavra grega «bous», boi e «strophé», virar), pois parece os trilhos abertos por um boi atrelado a um arado, que ao chegar ao fim de um campo, dá meia-volta e continua em direcção oposta. Inicialmente, escreviam-se textos gregos neste tipo de alimanhento (nos tempos micénicos), e assim também se escreveu o alfabeto etrusco.
Letras gregas
Letras gregas
Letras gregas

Das variantes do alfabeto grego, as mais importantes eram a ocidental (calcídica) e a oriental (iónica).

Atenas adoptou no ano 403 a.C. a variante oriental, dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto.

Já nesta época o grego se escrevia da esquerda para a direita, enquanto que a princípio a maneira de o escrever era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.

O factor inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, α Épsilon ε, Iota ι, Ómicron ο, Ipsilon υ.

Dos gregos, o alfabeto grego (na variante ocidental) passou para os etruscos, cuja cultura foi o berço da cultura latina.

Por sua vez, os romanos em expansão territorial, conhecidos pelo seu à vontade em assimilar os mais diversos elementos culturais estrangeiros (que eles classificavam de «bárbaros»), adaptaram o alfabeto grego / etrusco à sua língua e à sua fonética.

Continuação

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