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O alfabeto cirílicoO alfabeto cirílico passou a ser o terceiro alfabeto da União Européia, ao lado do latino e do grego. O alfabeto cirílico é utilizado por algumas línguas eslavas como o russo, o bielorrusso, o ucraniano, o búlgaro , e até línguas não-eslavas (como o mongol).O cirílico também é utilizado para o idioma sérvio na Sérvia e em Montenegro, embora nestes países o alfabeto latino seja usado alternada e concomitantemente. O alfabeto cirílico foi inspirado simultaneamente no grego e no hebraico. O alfabeto cirílico foi desenvolvido a partir do primeiro alfabeto eslavo, o glagolítico, inventado pelo missionário e pontífice cristão Constantino de Salónica (826/827 - 869), que no fim de sua vida adoptou o nome monástico de Cirilo. Foi ele, junto com seu irmão Metódio, que conseguiu convencer o papa Adriano II a adoptar os idiomas eslavos como língua litúrgica, ao lado do latim, grego e hebraico. Isso não durou muito, pois esta medida seria revogada pelo papa Estevão VI, logo após a morte de Metódio. O afastamento de Roma das missões eslavas colaborou para sua gradativa assimilação pela Igreja cristã oriental. União EuropeiaCom o ingresso da Bulgária, a União Européia passa a ter um terceiro alfabeto, ao lado do latino e do grego: o cirilico. O cirílico não apenas sempre foi o alfabeto búlgaro, como foi inventado na Bulgária. Existem inúmeras chaves de transliteração do cirílico para o latino e nenhuma reconhecida oficialmente como norma. A capital búlgara pode ser grafada como Sofia, Sofija ou Sofiya. Em algum momento, toda a sinalização urbana da Bulgária deverá ser feita nos dois alfabetos, de acordo com uma norma única. As autoridades búlgaras temem que isso possa demorar bem mais que o esperado. Afinal, a sinalização do país é deficitária até em cirílico. Para um estrangeiro não eslavo, o búlgaro assim como o sérvio, a outra língua do Leste europeu a adoptar o alfabeto cirílico parece ainda mais confuso, por adotar como letra de forma as variantes da escrita cursiva, muitas vezes totalmente diferentes. Além disso, as minúsculas do alfabeto cirílico mais comuns na Bulgária e nos Balcãs são diferentes, em parte, das adoptadas em outros países eslavos. Reintegrar o cirílico como alfabeto europeu implica, na percepção cultural do Oeste do continente, romper com os limites interiorizados entre Oriente e Ocidente europeus. O cirílico era a «marca russa» num continente dividido durante décadas pela Cortina de Ferro; numa memória mais anterior, remete ao processo de separação do Cristianismo oriental e ocidental. Por menor que venha ser a interferência do cirílico na União Européia, uma maior exposição à escrita original eslava ampliará o que o senso comum percebe como "europeu". Mais do que isso, a Bulgária e a Roménia recém-integradas na UE «contrabandeiam» para dentro da comunidade uma diversidade étnica e linguística ímpar. Linkswww.monotypefonts.com/Library/Non-Latin-Library BibliografiaLAYOUT é um e-book que
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