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Century

Tipo desenhado para um fim específico, a composição da revista Century.

Seu desenho foi desenvolvido por meio de um trabalho conjunto do impressor americano Theodore L. De Vinne e Linn Boyd Benton, da American Type Founders, na década de 1890.

Tinham como objectivo um tipo mais escuro e legível e um pouco condensado, para adequar-se ao formato da revista, em duas colunas. Naquele momento, a alta qualidade das máquinas de impressão e de papéis estavam se tornando cada vez mais disponíveis.

De Vinne propôs aumentar a espessura das linhas finas dos tipos Modern Roman existentes e reforçar as serifas, para retirar do desenho o que ele considerava como aspectos de fragilidade.

O resultado foi um sucesso, e a família de tipos Century tornou-se popular.

Quando o primeiro número da Century foi publicado em 1896, os editores estavam muito satisfeitos também com a economia trazida pelo tipo mais estreito.

Morris Fuller Benton (1872–1948), considerado o “pai desconhecido” do design americano de tipos, desenvolveu tipos para a American Type Founders por 35 anos. Desenhou uma versão um pouco mais larga para a letra, a Century Expanded, design que parece ter provado sua eficiência e que continuou sendo muito utilizado e disponível na maioria das compositoras.

Morris Fuller Benton também concebeu a Century Schoolbook, por volta de 1915, como o resultado de uma pesquisa que envolvia a visão e a compreensão de texto.

O objectivo era um design de tipo para livros didácticos, e foi largamente utilizado para esse fim. As mudanças ocorridas nas revistas não tiveram um impacto nos textos dos jornais — a base Bodoni-Didot continuou a dominar as colunas de notícias no começo do século XX.

No entanto, entre 1875 e 1900, havia ocorrido uma renovação da tipografia nas páginas e colunas de anúncios dos jornais que afetava sua aparência, a ponto de um editor discutir o fenômeno com seus colegas e declarar: “Mas, cavalheiros, isso não é jornalismo, isso é mural de propaganda”, Lawson 1990.

Paralelamente ao estímulo visual proporcionado pelos anúncios publicitários ocorreu uma mudança nos títulos e manchetes dos artigos dos jornais. O tipo Cheltenham, disponível a partir de 1902, e suas múltiplas variantes tornaram-se um padrão para titulação nos jornais americanos. Morris Fuller Benton redesenhou a Century Roman para a American Type Founders em 1900, em uma versão um pouco mais aberta, a Century Expanded. Em 1975, Tony Stan redesenhou a Century e estendeu a família de fontes para a International Typeface Corporation. Stan partiu do desenho de Morris Fuller Benton, diminuiu os espaços das letras e aumentou a altura. Ed Benguiat desenhou uma variante para a ITC, a Century Handtooled, usando a Century Bold como base. Outra versão da família Century foi realizada quando a Editora Ginn & Company comissionou a American Type Founders para desenhar um tipo com máxima legibilidade. Morris Benton pesquisou estudos sobre visão e legibilidade e criou a Century Schoolbook, entre 1918 e 1921.

 
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