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Iniciais e capitulares (II)Continuação do tema começado nesta páginaNo período românico as iniciais adquirem uma grande variedade, indo da simples letra-silhueta executada a vermelho-azul-verde, ornamentada com troncos de folhagem elegante (littera florata) até formas que sugerem relevo, em que as letras modeladas se destacam sobre um fundo colorido deixando projectada a sua sombra. Os monstros e os dragões são motivos muito apreciados. Estas bestas fantásticas são utilizadas como elementos decorativos: a sua forma adquire o traçado da letra. O simbolismo e a fantasia adquirem grande significado no período românico. A partir de finais do séc. XIII, as iniciais vão caracterizar-se por uma decoração com elementos vegetalistas (folhas, flores, ramagens entrelaçadas) sobre fundos geralmente coloridos ou dourados (letras filigranadas). A inicial historiada ou inicial figurativa nasce no séc. VIII mas só se imporá no séc. XI , quando adquire o caracter narrativo. Texto e imagem serão ligados de uma forma condensada e abreviada. Sucedem-se diversos estilos. Letras com diversas figuras humanas e animais que imitam a forma da letra através do desdobramento dos corpos e da flexibilidade dos gestos; as iniciais acrobáticas, palco privilegiado para o desfile de personagens que parecem participar em verdadeiros exercícios de ginástica pintadas nos ramos que compõem a letra. Finalmente, as iniciais historiadas com cercaduras, colocadas no início de textos importantes e acompanhadas de tituli. Impressão com tipos móveisA partir de 1450, os protipógrafos alemães Johannes Gutenberg e Petrus Schoeffer adaptam a inicial caligráfica do Gótico Tardio para a Tipografia. Contudo, na etapa dos incunábulos, as capitulares são inseridas manualmente. Em 1525, Albrecht Dürers publica a sua Underweysung der messung mit dem zirckel un richtscheyt in Linien, ebenen und gantzen corporen, durch Albrecht Dürer zusammen getzogen und zu nutz allen kunstliebhabenden mit zugehörigen figuren in truck gebracht im jar MDXXV. Na 3ª parte Duerer concentra-se na construção de iniciais para a Fraktura impressa pela primeira vez em 1517.
No século XIX e até aos inícios do século XX, as iniciais continuam em grande voga, dispondo as empresas impressoras de uma quantidade babilónica de iniciais decorativas, para todos os usos e ocasiões. Hoje, as iniciais são maioritariamente usadasem revistas e magazines. Gutenberg, o impressor, reservou espaços para o iluminador desenhar as letras ornadas: as iniciais e as cabeças de capítulos. Na B-42, cada página é composta a duas colunas, contendo 42 linhas (daí a abreviatura de B-42), impressas em Textur, a letra gótica condensada que se usava nos manuscritos. Nas impressões renascentistas, a inserção das capitulares já era feita por xilogravura; excluia-se assim o trabalho manual do iluminista. Veja a seguinte impressão de Erhald Ratdolt, realizada em Veneza. A inicial historiada ou inicial figurativa nasce no séc. VIII mas só se imporá no séc. XI , quando adquire o caracter narrativo. Texto e imagem serão ligados de uma forma condensada e abreviada. Sucedem-se diversos estilos. Letras com diversas figuras humanas e animais que imitam a forma da letra através do desdobramento dos corpos e da flexibilidade dos gestos; as iniciais acrobáticas, palco privilegiado para o desfile de personagens que parecem participar em verdadeiros exercícios de ginástica pintadas nos ramos que compõem a letra. Finalmente, as iniciais historiadas com cercaduras, colocadas no início de textos importantes e acompanhadas de tituli.
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