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Stanley Morison (1889-1967)

O «inventor» da Times New Roman foi a figura-chave do amplo movimento reformista que cunhou a tipografia britânica na primeira metade do século xx.

Stanley Morison

Stanley Morison foi um tipógrafo, historiador da imprensa e designer gráfico inglês. Foi responsável pelo redesign do jornal The Times of London em 1932 e pela criação da fonte Times New Roman.

Quando a Times New Roman foi usada pela primeira vez para compôr o jornal THE TIMES, esse dia 3 de Outubro de 1932 marcou o culminar de um complicado processo de implementação de uma nova família de fontes.

Na supervisão desta tarefa, que durou quase quatro anos, esteve o jovem Stanley Morison. A fonte Times New Roman ficaria para sempre associada ao seu nome.

Os anos de aprendizagem

Stanley Ignatius Arthur Morison nasceu em Wanstead, Essex. O seu grande salto profissional deu-se já em 1913, quando começou a trabalhar como assistente editorial para Gerard Mynell, editor da revista Imprint.

Depois da Imprint, entrou na editora católica Burns and Oates, onde trabalhou numa grande variedade de livros religiosos. Foi nessa época que Morison conheceu Eric Gill que, como ele próprio, se tinha recentemente convertido ao catolicismo.

Em 1914, Morison, que era objector de consciência, negou-se a ingressar no exército e passou a Guerra Mundial na prisão. Em 1918 obteve um posto de supervisor na Pelican Press, editora empenhada em produzir livros de bolso económicos.

The Fleuron

Em 1921 associou-se à oficina da Cloister Press e foi um dos fundadores da Fleuron Society, assim como colaborador da revista de tipografia desta sociedade, The Fleuron («a journal of printing history and design»).

Os volumes 1–4 da revista foram editados por Oliver Simon e impressos na Curwen Press; os volumes 5, 6 e 7 foram editados por Morison e imimpressos na Cambridge University Press.

Na Fleuron publicou o seu famoso ensaio sobre os Princípios Fundamentais da Tipografia. A Fleuron, revista conservadora, tentou conter o fluxo de renovação que vinha da vanguarda tipográfica na Alemanha, da «neue typographie».

Como consultor tipográfico da Monotype Corporation (a sucursal britânica) a partir de 1923, foi Morison quem mais contribui para que inúmeras fontes históricas fossem redescobertas e aplicadas às novas máquinas de composição.

Na Monotype iniciou um vasto programa de recuperação de tipos clássicos, assim como a reorganização da Cambridge University Press, então dirigida por Walter Lewis.

Como autodidacta, Morison dispunha de um impressionante saber. Frequentava assiduamente a King’s Library e o British Museum, para consultar incunábulos e textos caligráficos. Morison, um true scholar, estudou profundamente temas históricos, deixando-nos um importante legado de pesquisas científicas nos campos da paleografia, da caligrafia e da tipografia.

Mas, longe de ser um teórico de biblioteca, era um very practical minded man. Com uma atitude pragmática e comercial, Morison via no excelente material tipográfico antigo um enorme tesouro que havia que activar para aplicações modernas.

Os contemporâneos descrevem Morison como uma strong personality, mas também como um ser cordial e afável, muito ágil a persuadir os outros a aderir aos seus argumentos.

De 1935 a 1952 editou a história do jornal The Times e durante os anos 1945-47, o suplemento literário do periódico. A partir de 1961 e até falecer, em 1967, com a idade de 78 anos, Morison trabalhou como membro da equipa editorial da Encylopædia Britannica.

A influência de Morison, especialmente na abordagem histórica da tipografia do livro e do typeface design, perdura até aos nossos dias; o seu trabalho de pesquisa continua a ser uma incontornável referência. ¶

First Principles of Typography, artigo publicado na Fleuron

Não admira que as atitudes que S.M. defendeu nos First Principles of Typography denotem uma posição conservadora, opondo-se aos impulsos vanguardistas da neue typographie alemã e, virado para o lado oposto, contrariando igualmente os impulsos saudosista-medievais que vinham das imprensas privadas, como a de William Morris, que propagava: «As letras devem ser desenhadas por artistas, e não por engenheiros ».

Leia um excerto do célebre ensaio de Morison, que apareceu pela primeira vez no último número da revista The Fleuron. Foi posteriormente editado em forma de livro, em 1936, pela Cambridge University Press.

Bibliografia

Some Fruits of Theosophy: The Origins and Purpose of the so-called Old Catholic Church (1919, religion)

On Type Faces: Examples of the Use of Type for the Printing of Books (1923, typography)

Four Centuries of Fine Printing (1924, typography)

Modern Fine Printing: An Exhibit of Print (1925, typography)

The Art of the Printer (1925, typography)

Type Designs of the Past and Present (1926, typography, revised 1962)

German Incunabula in the British Museum (1928, typography)

John Bell, 1745-1831 (1930, biography)

The English Newspaper: Some Account of the Physical Development of Journals Printed in London between 1622 and the Present Day (1932, history)

First Principles of Typography (1936, typography)

Black-Letter Text (1942, typography)

The Typographic Arts: Two Lectures (1949, typography)

Printing The Times Since 1785: Some Account of the Means of Production and Changes of Dress of the Newspaper (1953).

A Tally of Types (1953, revised 1999).

Calligraphy 1535-1885 (1962)

The Typographic Book 1450-1935: A Study of Fine Typography through Five Centuries (1963, typography)

John Fell, the University Press, and the "Fell" Types (1967, typography, with Harry Carter)

Letterforms, Typographical and Scriptorial (1968)

Politics and Script (1972)

Selected Essays on the History of Letterforms in Manuscript and Printing (1981, essays, ed. David McKitterick)

Página actualizada em 2014

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