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Tobias Frere-Jones

 

Tobias Frere-Jones (Nova York, 1970) é considerado um dos typeface designers mais bem sucedidos da actualidade, marcado o seu percurso profissional por excelenetes tipos como a Interstate e a Gotham.

Proveniente de uma família de escritores, começou aos 14 anos de idade a exibir pinturas, esculturas e fotografias em galerias de Nova York. As primeiras experiências no mundo da tipografia, acontecem aos 16 anos de idade, em 1986.

Nesta altura, desenha o seu primeiro alfabeto com influências de Art Deco e ganha na categoria de “Best of Age”, o concurso da Type Shop of New York “Alphabet Design Contest”.

Após este sucesso, dedica-se ao desenho tipográfico, desenhando 9 tipos durante o liceu. Um deles Frere-Jones intitula Armada, sendo hoje distribuído pela Font Bureau.

Após o liceu, 1988, ingressa na Rhode Island School of Design. Devido ao facto de no RISD — assim como em grande parte das universidades do país — o ensino tipográfico se baseava na capacidade de utilização do tipo e não no desenho tipográfico, tal como ele desejava, ingressa na aula de Inge Cruckery, as únicas que se aproximavam um pouco do desenho de tipos.

Frere-Jones inicia também um estudio independente, onde desenha um tipo serifado baseado em Nicolas Jenson.

Durante um semestre, utilizando o software Ikarus, concebe a caixa baixa completa e algumas letras caixa alta. A conclusão do estudo independente, aconteceu no final do semestre.

O desejo do irmão de Tobias, Sasha Frere-Jones, de ter o tipo certo para o seu grupo musical, fez com que o designer inicie o desenho de um novo tipo. Após uns esboços realizados num guardanapo de bar e a digitalização no RISD, Frere-Jones finaliza o desenho de todos os caracteres em duas noites. Dirige-se à Holanda onde se apresenta a Erik Spiekermann. Aqui, mostra-lhe a fonte clássica desenvolvida no seu estudio independente, assim como, a última realizada num guardanapo de bar.

Spiekermann de imediato aponta os erros existentes na primeira das duas, mas elogia a última, fazendo com que fosse distribuída no FontFont. Aí nasceu a Dolores (nome da banda do irmão), 1991.

No Verão de 1992 Frere-Jones apresenta a David Berlow (Font Bureau) umas ideias baseadas nos tickets dos parques de estacionamento. Frere-Jones é incentivado a desenvolver o tipo baseado em tais tickets, desenhando a Garage Gothic, 1992, disponível no Font Bureau.

Finalizando o curso como um excepcional aluno em 1992, Frere-Jones chama a atenção de Matthew Carter, iniciando o seu trabalho na Font Burau em Boston.

Desde essa altura, começando por trabalhar na fonte Nobel, Frere-Jones cria um conjunto de fontes que marcam a história da Font Bureau, incluindo a Interstate e a Poynter Oldstyle & Gothic.

Um dos maiores recentes projectos de Frere-Jones, acompanhado por Hoefler, foi a criação da Gotham. Esta, inspirada em tipos presentes em edifícios de New York City, é mais uma conceituada sans-serif de “estilo americano”, presente no já longo percurso de Frere-Jones iniciado com a criação da Nobel. No inicio do processo de criação de Gotham, Frere-jones apoiou-se em prédios de Nova York, com o símbolo da Port Authority Bus Terminal.

Frere-Jones torna-se um dos designers de referência do Font Bureau, tal como Matthew Carter, David Berlow, Sam Berlow, Erick Van Blokland e Just Van Rossum.

Durante os sete anos que permaneceu na Font Bureau, usufruiu da grande experiencia de David Berlow, que contribui significativamente para a sua carreira. Durante este período destacam-se ainda os três tipos desenhados para Neville Brody para o projecto Fuse.

Hoefler & Frere-Jones

Em 1999 deixa Boston e o Font Bureau, regressando à sua terra natal onde começa a trabalhar com Jonathan Hoefler, na Hoefler Type Foundry. A empresa altera ainda no mesmo ano de nome, Hoefler & Frere-Jones.

Na Hoefler & Frere-Jones, Frere-Jones exerce o cargo de director de tipografia, fazendo-se acompanhar por mais quatro profissionais.

Desde que esta famosa parceria se conheceu, têm colaborado com entidades como o Wall Street Journal, Martha Stewart Living, Nike, Pentagram, GQ, Esquire, The New Times, Business 2.0 e o New York Times Magazine.

Por Frere-Jones já foram criados dezenas de tipos quer para publicações, clientes, experiências...

A lista de clientes compreende nomes como Guggenheim Museum, Boston Globe, New York Times, Cooper-Hewitt Museum, Whitney Museum, American Institute of Graphic Arts Journal e Neville Brody.

No ano de 2006 torna-se o primeiro americano a vencer o Gerrit Noordzij Award da Royal Academy of The Hague.

Fontes

De todas as fontes criadas por Tobias Frere-Jones, destacam-se a Interstate e a Poynter Oldstyle & Gothic. Esta última, baseada em tipos holandeses do século XVI, foi criada com o intuito de ser uma fonte de jornal de utilização global.

Tobias Frere-Jones criou desde tipos retro como a Stereo, passando pelas Script como a Reiner Script, até tipos alternativos como Reactor.

FontFont: Dolores, 1991

Fontes experimentais realizadas para a revista Fuse: Microphone, 1995 Fibonacci, 1994 Reactor, 1993–96

Font Bureau:

  • Armada, 1987–94
  • Hightower, 1990–94
  • Nobel, 1991–93
  • Garage Gothic, 1992
  • Archipelago, 1992-98
  • Cafeteria, 1993
  • Epitaph, 1993
  • Reactor, 1993-96
  • Reiner Script, 1993
  • Stereo, 1993
  • Interstate, 1993–99
  • Fibonacci, 1994
  • Niagara, 1994
  • Asphalt, 1995
  • Benton Sans, 1995
  • Citadel, 1995
  • Pilsner, 1995
  • Poynter Oldstyle, 1996–97
  • Poynter Gothic, 1997
  • Griffith Gothic, 1997
  • Grand Central 1998

Hoefler&Frere-Jones:

  • Whitney, 1996-2004
  • Numbers (com Jonathan Hoefler) 1997–2006
  • Phemister, 1997
  • Mercury Text (com Jonathan Hoefler) 1999
  • Vitesse (com J. Hoefler) 2000
  • Lever Sans (com J. Hoefler) 2000
  • Evolution (com J. Hoefler) 2000
  • Retina, 2000
  • Nitro, 2001
  • Surveyor, 2001
  • Archer (com J. Hoefler e Jesse Ragan), 2001
  • Gotham, 2001 (com Jesse Ragan)
  • Idlewild, 2002
  • Exchange, 2002
  • Monarch, 2003
  • Dulcet, 2003
  • Tungsten, 2004
  • Argosy, 2004.

Bibliografia

Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.

Página actualizada em 08.01.2008

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