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Pedro Falcão

Artista plástico, designer gráfico.

Nasceu em 1971 em Caldas da Rainha. Vive e trabalha em Lisboa. Representado pela Galeria Ste, Coimbra.

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Faz abstracção a partir de fontes construtivistas, neo-plasticistas, minimalistas ou Op, geradas a partir da investigação gráfica e do computador. Grelhas geométricas ortogonais ou malhas curvilíneas surgem como pormenores de uma "realidade maior". Fragmentos de um alfabeto vazio de sentido e sem função prática.

A exposição "Letterscape 1" (Museu de História Natural, Sala do Veado, 2002) assinalou na obra de Pedro Falcão o aparecimento de uma linguagem cuja orientação lhe foi fornecida pelos estudos universitários e sua prática profissional enquanto designer gráfico.

Enquanto a sua primeira relação com a música pop-rock era intuitiva, utilizando temas e ícones de imediato reconhecimento, a investigação em torno dos elementos fornecidos pela história e cultura do design gráfico e da tipografia, define-se em campos mais eruditos.

Na série "Dupla Sombra" são os fragmentos de letras que, desdobrando-se no espaço de representação, adquirem valias quase arquitectónicas. Neste texto, a definição prévia dos campos de intervenção (passada ou presente) de Pedro Falcão, permite-nos analisar os seus temas e níveis de actuação dando autonomia conceptual a cada um deles.

Embora baseando-se na letra impressa e apesar do esvaziamento de significados que evidenciam as metodologias de associação empregues por Pedro Falcão assumem uma forte relação com a longa história dos exercícios caligráficos. E, nesse sentido, estas obras estão mais perto da essencialidade concentrada do "entrelac" das capítulares medievais cristãs do que da extensão dos intrincados exercícios da caligrafia árabe, mais perto da mancha da composição tipográfica barroca ou da vocação programática da poesia visual do concretismo que do desregramento tipográfico futurista.

Organizadas em friso decorativo ou banda decorativa, reduzidas a fragmentos ou (como aqui) apresentadas na sua inteireza, as letras recuperam a possibilidade de exibição de um lado o valor gráfico puro, destino que nunca pode ser atribuído a uma letra que se lê – as letras ganham assim um valor plástico puro na página-tela e, ao mesmo tempo, sugerem a possibilidade de uma existência puramente virtual que parte da exploração dos recursos tecnológicos da página-ecrã onde são concebidas.

Respeitando uma grelha de composição, determinada pela pauta horizontal onde se sustentam as escritas ocidentais, Falcão não rompe com a tradição compositiva da escrita ocidental – nisso negando a experiência da ruptura futurista ou mostrando-se mais moderado que as experiências barrocas ou concretistas de que falámos.

www.pedrofalcao.com

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