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Rogério BentoTipógrafo eborenseNasceu a 25 de Março de 1921. Com catorze anos abraça a profissão de tipógrafo, até à idade da aposentação. Depois de passar pelas tipografias de Évora (nesta cidade, na altura, existiam o Notícias de Évora, Democracia do Sul, Gráfica Eborense, Minerva Comercial e Moderna), veio para Lisboa, onde passou por várias tipografias, mas foi na tipografia do Anuário Comercial de Portugal que desempenhou com grande mérito a sua actividade profissional. Mestre, respeitado pelos seus semelhantes, exercia a sua profissão com uma técnica de composição invulgar, especialmente, na construção da forma, demonstrativa da sua forte e inflexível personalidade, onde das suas mãos saiam os mais complexos trabalhos, sempre executados com uma técnica construtiva, própria dos antigos mestres da Tipografia. Acompanhou a evolução da Tipografia, pois logo que chegou a computorização, foi dos primeiros a ser convidado a participar nessa revolução, através da reciclagem, o que lhe permitiu, em função da sua vasta experiência técnica, especializar-se em programação tipográfica, na linguagem CORA V dos equipamentos Linotype Paul. Desde muito novo, tem sido um lutador incansável, um revoltado das injustiças sociais, que na pele sofreu, vertical na conduta da verdade democrática antes e depois de Abril. Colaborou em publicações como o Novo Gráfico, do Sindicato das Artes Gráficas, com artigos de opinião técnica e social. Mas, muito tem escrito ao longo da sua vida, não só textos vários sobre vários temas, entre eles, as desigualdades sociais, a vida vivida, o futuro, textos por publicar. Assim, como, poesia, o qual reproduzimos um «auto-retrato», que intitula «Judeu errante de manta às costas»: Auto-retrato de um amigo que conheci Judeu errante de manta às costas No ano de 1995, foi homenageado pelos Gráficos do Distrito de Évora, como reconhecimento do seu contributo à nossa Arte, tal como se lê na medalha alusiva. Hoje, luta contra a doença, consciente da idade e da vida, mas sempre com a irreverência que o acompanha ao longo dos tempos. Esta, é uma pequena homenagem de um dos seus discípulos, que gostosamente o escuta, sempre com a admiração de Mestre para Aprendiz . Um artigo de M. M. Malaquias |
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