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Teorias de Cores

Sistemas de representação

Para analisar comparativamente ou quantitativamente as cores, é necessário utilizar sistemas de representação cromáticos que permitam uniformizar e normalizar os estudos.

Os exemplos mais conhecidos de sistemas de representação/classificação das cores com base perceptiva são os seguintes:

  • o Triângulo de Mayer
  • a Pirâmide de Johann Heinrich Lambert (1772).
  • a Esfera do pintor Philipp Otto Runge (1810)
  • os Duplos Cones de Ostwald e de Munsell
  • o Triângulo CIE (Commission Internationale de l’Eclairage)
  • a norma alemã DIN 6164, desenvolvida por M. Richter
  • o Romboedro de H. Kuppers
  • Johannes Itten (1961). Kunst der Farbe
  • o NCS – Natural Color System
Mayer

Tobias Mayer's Farbendreieck (1758). Publicado em: Tobias Mayer, De affinitate colorum commentatio, edited posthumously by Lichtenberg (1775).


h

Moses Harris' Prismatic color mixture system (1766). From: Moses Harris (1766). The Natural System of Colours. Licester-Fields: Laidler.


Johann Heinrich Lambert's Farbenpyramide (1772). Publicado em: Johann Heinrich Lambert (1772). Beschreibung einer mit dem Calauschen Wachse ausgemalten Farbenpyramide. Berlin.


Pesquisas de Newton

A investigação da Física da Cor começa com Isaac Newton (1642 – 1727), o genial físico e matemático inglês.

Com um prisma óptico, Newton analisou o espectro visível da luz solar, demonstrando por decomposição que esta é formada por um conjunto de radiações visíveis que vão do vermelho ao violeta.

Le Blon

Ainda no século XVIII, o impressor Le Blon testou diversos pigmentos até chegar aos três pigmentos básicos necessários para uma impressão a cores: vermelho, verde e azul.

Goethe

Johann Wolfgang von Goethe publicou em 1810 uma teoria da cor que propôs uma nova abordagem ao uso e ao entendimento das cores. Desde Newton, a cor era considerada como uma disciplina da Física. As questões levantadas por Goethe ampliaram os domínios de estudo da cor, incluindo campos como o da Fisiologia e Psicologia.

Farbenkreis zur Symbolisierung des menschlichen Geistes- und Seelenlebens, 1809,
Freies Deutsches Hochstift – Frankfurter Goethe-Museum
O Sistema Esférico de Philipp Otto Runge

Philipp Otto Runge's 'Farbenkugel'.

Philipp Otto Runge (1810). Farben-Kugel oder Construction des Verhältnisses aller Mischungen der Farben zu einander, und ihrer vollständigen Affinität, mit angehängtem Versuch einer Ableitung der Harmonie in den Zusammenstellungen der Farben. Hamburg: Friedrich Perthes.
Thomas Young

Foi o físico inglês Thomas Young que em 1801, na obra “On the Theory of Light and Colours”, avançou com a teoria tricromática em que todas as sensações de cor eram formadas pela reacção a três comprimentos de ondas electromagnéticas.

Johannes Itten

A roda de cores desenvolvida por Johannes Itten é baseada no espectro visível e formada por 12 cores, entre elas as chamadas cores primárias - azul, vermelho e amarelo — que são muito próximas às cores primárias da teoria subtractiva — e, além disso, são usadas como cores primárias por pintores e artistas em geral.

Itten Farbkreis Circulo das Cores
Roda de cores de Johannes Itten

Nas suas pesquisas, Itten desenvolveu a roda de cores, que permite descobrir combinações harmoniosas de cores (os sete contrastes de cor).

Johannes Itten (1961). Kunst der Farbe. Subjektives Erleben und objektives Erkennen als Wege zur Kunst. Ravensburger Buchverlag. Neuauflage 1973 im Verlag Otto Maier, Ravensburg.

As cores primárias são mostradas no triângulo central. Exitem também as cores secundárias, que nascem da mistura de 2 tons primários. São esses tons o verde, laranja e violeta — presentes no hexágono.

Por fim existem os tons terciários - amarelo-laranja, vermelho-laranja, vermelho-violeta, azul-violeta, azul-verde e amarelo-verde.

Os tons secundários são formados pela mistura de dois tons primários e os tons terciários pela mistura entre um tom primário e um secundário.

Ewald Hering
Ewald Hering
Ewald Hering (1920). Grundzüge der Lehre vom Lichtsinn. Berlin: Verlag von Julius Springer.

Hering's opponent colors diagram.

O NCS

O Natural Color System é o sistema de classificação cromático resultante da investigação interdisciplinar desenvolvida na Escandinávia, na década de 1970, e reformulada em 1995, e que serve de padrão de referência a muitas aplicações da cor.

O NCS baseia-se em seis cores: branco, preto, amarelo, vermelho, azul e verde.

O círculo cromático corresponde à secção horizontal entre os dois cones e dispõe as quatro cores elementares: amarelo, vermelho, azul e verde como pontos cardiais.

Cada quadrante entre duas das cores elementares foi dividido em cem intervalos iguais, com aproximações às cores cardiais, ou seja, a cor com a notação Y90R (vermelha amarelada), por exemplo, corresponde a uma cor com 90% de cor pura (vermelho) e 10% da outra cor do quadrante próximo (amarelo) enquanto a cor R10B (vermelha azulada) corresponde a uma cor com 90% de vermelho e 10% de azul.

O triângulo cromático corresponde à secção vertical entre os dois cones e coloca na base a escala de cinzentos, que vai do branco ao preto, e no vértice a cor com a máxima saturação do círculo cromático, o “Chroma”.

Como as cores com a mesma tonalidade podem ter diferentes luminosidades e saturações, esta diferença pode ser ilustrada através de triângulos cromáticos diferentes cuja escala é obtida pela subdivisão em cem, quer no eixo vertical da luminosidade, quer no eixo paralelo da saturação.

Como exemplo, a cor 2030 corresponde àquela em que 20% está situada na escala dos cinzentos e 30% está na saturação máxima, ficando os restantes 50% no branco.

No caso dos cinzentos, a notação NCS é definida apenas pela nuance, uma vez que estas cores não possuem tonalidade (matiz). Assim, o branco é representado por S0500-N e o preto S9000-N, em que a letra S apenas significa a segunda edição de 1995 do sistema NCS.

Neste sistema cromático estão identificadas 1750 cores — embora seja possível com base nesta classificação, detectar as dez milhões de cores que os investigadores dizem que os nossos olhos podem distinguir.

Bibliografia
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Página actualizada em 11.2013

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