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A letra redonda: uncial (2)
Parte 1
A partir de 800, a uncialis já só foi usada como
display script em títulos e subtítulos dos livros
caligrafados com góticas.
Depois da fase de dominância, as unciais e semi-unciais
foram profusamente usadas para iniciais nos manuscritos carolíngios e
góticos, frequentemente decoradas a ouro e a cores.
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Página
inicial, com a formulação «in principio» em belas
letras unciais e uma letra capitular «I» em fantasiosa
decoração, à altura da página inteira. O Mainzer
Evangeliar é um das mais importantes e belos códices da Alta
Idade Média. O original foi elaborado no século XIII no Bispado
de Mainz; hoje está guardado na Hof- und Stiftsbibliothek Aschaffenburg.
O delicado estado de conservação impedem que se faça o
original acessível ao público. Em matéria de iluminaturas
e qualidade da caligrafia gótica, este manuscrito supera muitos outros
códices realizados nos scriptoria da época. Cem folhas (100 !)
foram realizadas integralmente em tinta dourada e ilustradas com 71 cenas do
Novo Testamento. As inúmeras letras capitulares deste codex aureus foram
virtuosamente realizadas no chamado «Zackenstil». De maneira
consciente, o feitor desta obra-prima quis reatar a tradição dos
Evangelhos dourados da época imperial carolíngia. Mas
estilisticamente posicionou-se na sua contemporânidade, influenciado
pelas Arquitectura e Escultura da Era Gótica, visivel no modo de
ilustrar os paramentos das figuras representadas. |
Versões contemporâneas
Entre as unciais modernas está a fonte Libra,
desenhada por S. H. de Roos para a
Amsterdam Typefoundry em 1938, e a mais dinâmica e marcante Omnia,
uma fonte de Karlgeorg Hoefer (docente de Design na Hochschule für
Gestaltung em Offenbach), com formas de tendência mais minúscula.
A Lombardic, uma elaborada uncial da mão do americano
Frederic W. Goudy, é outra bela
opção.
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Linotype American Uncial |
Links
www.ceec.uni-koeln.de/
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