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Theo van Doesburg

pseudónimo de Christian Emil Marie Küpper

Artista plástico, designer gráfico, poeta e arquitecto holandês. Um dos fundadores e líderes do movimento De Stijl. Theo van Doesburg foi uma das figuras vanguardistas de proa dos Países Baixos, e a nível europeu, durante o curto período compreendido entre as duas guerras mundiais.

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Theo van Doesburg (Utrecht, 1883 — Davos, 1931) fundou o movimento De Stijl (O Estilo) juntamente com Piet Mondrian em 1917.

Acreditavam que a arte devia reconciliar as grandes polaridades da vida – “Natureza e intelecto”. Para a génese das ideias professas na Bauhaus vieram fortes contribuições destes artistas e intelectuais da Holanda.

Em 1921, van Doesburg publicou a revista MECANO, um bom exemplo para a «nova tipografia».

En 1908 realizou a sua primeira exposição de pintura em Haia (Den Haag), enquadrando a sua arte no Naturalismo até 1916, quando inicia a etapa de abstracção.

Publica os primeiros números da revista De Stijl, porta-voz do movimento neoplasticista. No período em que tentou ser docente na Bauhaus de Weimar (1921-23), esteve influenciado pela estética do seu amigo e compatriota Piet Mondrian.

Em 1926, rompe com este, escreve um manifesto no qual explicava a arte elementarista.


No início do século xx, a Holanda, ao lado da Alemanha e da União Soviética, ocupou um lugar de vanguarda no Design Gráfico, no Design de Móveis e na Arquitectura.

Para a génese de várias ideias de vanguarda professadas na Bauhaus foram frutíferas as contribuições de artistas e intelectuais holandeses agrupados no De Stijl – um movimento estético-cultural que despontou em 1917 e terminou pouco depois, em 1930.

As figuras mais destacadas foram, ao longo da curta vida desta corrente, Gerrit Rietveld, criador de móveis; Piet Zwart, artista gráfico, tipógrafo e fotógrafo; Piet Mondrian (artista plástico, de cunho religioso e místico), o arquitecto progressista J.J.P. Oud e Theo van Doesburg, motor deste movimento.

Além destes, contribuíram

  • Bart van der Leck,
  • Cornelis van Eesteren,
  • o pintor e escultor belga Georges Vantongerloo,
  • o húngaro Vilmos Huszár
  • e o soviético El Lissitzky.

Impetuoso, inflamado e persuasivo agitador, Theo van Doesburg (1883–1931) foi um artista polifacetado e multidisciplinar: pintor, gráfico, arquitecto, tipógrafo, crítico de arte, ensaísta e editor; queria alcançar a confluência de todas as disciplinas e a síntese de todas as formas de expressão artística com a própria vida, com a Natureza.

O seu desejo era ser constructeur van het nieuwe leven, um construtor da nova vida. Em 1917 começou a publicar em Leiden a revista De Stijl, concebida como plataforma do movimento, obtendo a colaboração de artistas e arquitectos visionários, um grupo em busca de um estilo abstracto universal.

Como redactor da publicação De Stijl, van Doesburg em breve avançou para porta-voz do grupo. Formulou-se a teoria e a prática do Neoplasticismo, um estilo internacional de Arte, Arquitectura e Design, baseado numa geometria rigorosa de planos horizontais e verticais.

Posteriormente redefine-se esta singular teoria para dar todo o protagonismo à linha diagonal. Já na fase de decadência do movimento, a partir de 1920, Van Doesburg viajou pela Bélgica, França e Alemanha, para promover a ideologia De Stijl, que começava a tornar-se uma ficção, uma realidade virtual.

De certo modo, o multifacetado van Doesburg substituía o movimento que tinha fundado. Diversos autores da revista eram pessoas fictícias, meros pesudónimos de Van Doesburg, que, praticando um monólogo, simulava uma discussão entre posições intelectuais diversas – e até contraditórias!

O dandy Van Doesburg dava palestras, escrevia artigos em publicações e deu «Cursos De Stijl» em Weimar aos estudantes da Bauhaus, nessa época ainda na sua fase expressionista, a reboque do místico Johannes Itten. Van Doesburg tinha ido à Bauhaus com a sua esposa Nelly, (supostamente) a convite de Walter Gropius, em 1921. Depois da incursão na Bauhaus, organizou congressos e exposições, publicou revistas e fundou grupos de intelectuais e artistas, fazendo amizade com o construtivista russo El Lissitzky e o dadaísta alemão Kurt Schwitters.

O movimento De Stijl deixou poucas obras construídas; contudo, o impacto da sua ideologia (espiritualista e esotérica) foi significativo – na Holanda e na Alemanha.

Através das suas múltiplas actividades, viagens e contactos, Van Doesburg tornou-se uma figura central do Vanguardismo nos anos 20. Em 2009, o Stedelijk Museum em Leiden, em colaboração com a Tate Modern, honrou-o com uma grande exposição temática: Van Doesburg and the International Avant-Garde: Constructing a New World.

Na sua obra arquitectónica destacam-se o restaurante «Aubette», que construira em Strassburg, em colaboração com Cornelius van Eesteren (1926-28), e a sua casa-estúdio de Val-Fleury, em Meudon (Hauts-de-Seine).

Cinema-Restaurante L’Aubette, em Estrasburgo

Foi a última obra neoplástica. Representa os princípios do De Stijl na sua terceira e última fase. Neste cinema-restaurante, ele anulou os planos ortogonais subvertendo-os com um ritmo de oblíquas e decompondo a superfície em diversos planos de profundidade.

Sustentava a necessidade de um elementarismo dinâmico vendo uma arquitectura cujas formas não estão submetidas às leis da gravidade.

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