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Henry van der Velde (1863 — 1957)

Assim como a maioria dos artistas da sua época, van de Velde era bastante eclético. Trabalhou como arquitecto, mas também desenhava móveis, cerâmica, porcelana, prata, jóias, tecidos e vestuário.

Arquitecto e docente, foi considerado um dos criadores do estilo Arte Nova. Recomendou Walter Gropius como seu sucessor na Escola de Weimar, em 1915.

Este belga nascido em Antuérpia foi um dos iniciadores do estilo Art Nouveau, caracterizado pelo emprego de motivos florais, linhas sinuosas. Foi considerado o artista mais internacional deste movimento artístico.

Começou sua carreira como pintor, influenciado pelos neo-impressionistas. Depois, influenciado (1890) pelo inglês William Morris, passou a se dedicar ao desenho industrial, com a intenção de aplicar ao dia-a-dia suas concepções estéticas.

Construiu a sua primeira casa para ele próprio, em Bruxelas, a Bloemenwerf (1895), embora ele nunca tenha estudado arquitetura, e começou a fazer sucesso pela criatividade de seus interiores, especialmente criando peças de mobiliário.

Realizou uma exposição de móveis em Paris (1896) e outra em Dresden (1897), que, com suas linhas onduladas e seus motivos orgânicos, foram fundamentais para difundir a Arte Nova na França e na Alemanha.

Weimar: Escola de Artes Aplicadas (1902)

Em 1902, Henry van de Velde fundou em Weimar um Seminário de artes aplicadas que, sob sua orientação, se transformou em 1906 na Escola de Artes Aplicadas. Quando da fusão com a Escola de de Belas-Artes, sob a direção de Walter Gropius, formou-se a Staatliche Bauhaus Weimar, que veio a ser o ponto central do desenvolvimento do Design do século XX.

Foi conselheiro artístico do grão-duque de Weimar, reorganizou a Escola de Artes e Ofícios e a Escola de Belas-Artes — e lançou as bases para a posterior fusão das duas instituições na Bauhaus, por iniciativa de Walter Gropius (1919).

Werkbund, Colónia

Projectou (1914) um teatro para o Deutscher Werkbund, edificado em Colónia.

Depois de viajar por vários países da Europa, voltou à Bélgica (1925) e desenvolveu uma intensa atividade pedagógica, embora ainda tenha projectado alguns prédios, como o do Museu Kröller-Müller, em Otterlo.

Morou em Paris (1910-1911), mas voltou para Weimar. Depois mudou-se para a Suíça (1917) onde morou dois anos e então passou 6 anos na Holanda. Voltou novamente para Bruxelas (1926). Aposentado, passou os últimos dez anos de vida na Suíça, e morreu em Zurique, aos 94 anos.

Na arquitectura os seus principais sucessos foram o Museu Folkwang, em Haia (1901), o Teatro Werkbund, em Köln (1914) e o Rijksmuseum Kröller-Müller, em Otterloo, na Holanda (1936-1938).

Hohe Pappeln, em Weimar

A residência de van de Velde em Weimar foi recentemente restaurada. Weimar, Belvederer Allee – esta avenida em linha recta conduz para fora da cidade. Por detrás de cercas vivas cuidadosamente aparadas, vêem-se casas antigas. Atrás de um portão aparece a proa de um navio de pedra, sob árvores antigas – a casa Hohe Pappeln, Belvederer Allee, 58.

Foi ali que morou o famoso arquiteto, com a esposa e cinco filhos. O belga van der Velde foi levado a Weimar por amigos influentes, em 1902. Juntos, queriam renovar a cidade e sua vida cultural empoeirada, através do estilo Art Nouveau.

Ligações externas

www.henry-van-de-velde.com/

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