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O grupo Memphis

Este grupo enfatizava o design banal (transformar lixo em ouro) sendo um dos primeiros a fazer design no estilo pós-modernista.

Acreditando que o consumo é também a busca por identidade, os seus designers criaram objectos provocativos, anti-funcionais, excêntricos, ornamentais, com uso de cores fortes, plásticos laminados e estampados. Memphis queria provocar “caos semântico”.

O grupo Memphis foi fundado em 1980 em Milão por Ettore Sottsass junto com Barbara Radice, Michele De Lucchi, Marco Zanini, Martine Bedin, etc.

Mais tarde, Natalie Pasquier e George Sowden juntaram-se ao designers do grupo.

Memphis possui como precursor directo o Studio Alchymia, do qual Ettore fez parte.

Com motivos da arquitectura clássica e do kitsch dos anos 50, materiais baratos como o laminado plástico e cores ousadas, os objectos produzidos pela Memphis davam mais ênfase à aparência do que à funcionalidade preconizada pelo design moderno da Bauhaus.

O nome Memphis, em atitude dadaísta, foi tirado da música de Bob Dylan, sendo escolhido por lembrar o blues, o Tennessee — e também o Egipto.

A primeira exposição do grupo foi na Feira do Móvel de Milão, em 1981, obtendo enorme sucesso, apesar das críticas. O evento repetiu-se todos os anos até 1988, quando o grupo se desfez — consciente de que já não era possível surpreender.

A grande herança do Memphis pode ser creditada aos movimentos de vanguarda italianos Radical Design e Anti-Design. Estes contestavam o Funcionalismo e o racionalismo do Estilo Internacional, valorizando a expressão criativa individual e a diferenciação cultural.

Ambos criaram os fundamentos do futuro movimento pós-modernista.

O grupo Memphis criticava a evolução da forma dos objectos apenas em relação à sua “funcionalidade” (ignorando suas outras funções como a estética e a simbólica).

Com humor, energia e vitalidade, criou um novo vocabulário para o design.

Página actualizada em 7.2011.

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